terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O dia em que saí de casa...

Pessoal mil perdões! Viajei para o Centro-oeste e fiquei lá por uns tempos, passeando. Agora voltei á postar e ááh vim contar uma história triste porém, em parcelas, feliz...

O dia em que eu saí de casa *---*

Sabe, eu não esperei casar, viver na minha casa era um pé no saco, um pai chatérrimo, uma mãe meio sem graça e que odiava festas, lugares e pessoas, etc; era um inferno. Assim que fiz dezenove anos eu me envolvi com um rapaz, e ele me incentivou á sair de casa. Comecei a morar num apartamento que fiquei lá por três anos, consegui comprá-lo com meu antigo salário de page designer. Achei que seria uma maravilha. - E agora seria a hora de dizer 'Mas não foi, foi uma merda'- mas na realidade: SIIIM FOI UMA MARAVIILHA !

Comecei a viver sozinha, sem reclamações, comendo o que eu queria, fazendo minhas comidas deliciosas, era tudo maravilhoso, logo meu pai foi me procurar, eu tinha 19 anos, faziam três meses que eu tinha saído de casa, e ele achou que a suposta 'brincadeira de fugir' estava indo longe demais, e começou a arrumar minhas coisas pra eu ir embora. Acabei expulsando-o da minha casa e ficamos muito tempo sem nos falar. No dia em que ele morreu não pude abraçá-lo antes vivo, não pude pedir perdão. E depois de três anos morando sozinha, voltei pra casa pra cuidar da minha mãe, pois ela estava ficando doida, e não tinha quem cuidasse dela. Fiquei nesse ritmo até cinco meses, quando ela se matou.

Minha vida ficou totalmente diferente nessa época, não tinha meus pais, fiquei com a culpa da morte do meu pai no meu coração, e principalmente sozinha. Eu tinha uma outra mãe, de coração, e ela me ajudou muito nessa hora. Logo comprei outro apartamento, bem maior, bonito, e fiquei morando lá, até certo tempo, quando comecei a morar com um gostosão. Maaas essa é uma outra história. :)

Sei que vocês lendo acham que eu sou uma imbecil por fazer tampouco da morte dos meus pais, mas isso eu ainda não superei, por incrível que pareça eu ainda choro ao lembrá-los.

Um beijo,
Deusa.